Hoje no periodo da manha aconteceu o maior debate na UFG, Pra ver se ele iam ou nao Aderir ao novo sistema do ENEM segue a pauta da reuniao e um resumo. Mas ja posso adiantar A universidade nao aderiu, continuam com o mesmo sistema de antes pelo menos por este ano.
A Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou nesta quinta-feira (21/5) o seminário “Processo Seletivo Unificado: o novo Enem”, no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal. Participam do evento professores da UFG e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFG), diretores, coordenadores e professores de escolas públicas e particulares de Ensino Médio e estudantes. O objetivo do seminário foi discutir o projeto de redefinição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) proposto pelo Ministério da Educação (MEC).
O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, disse que a adesão da universidade à proposta do MEC não ocorrerá até que as mudanças estejam suficientemente discutidas pela comunidade acadêmica e pelos representantes do setor educacional. A pró-reitora de Graduação da UFG, Sandramara Matias Chaves, afirmou que a sugestão da universidade é fomentar o debate com diversos representantes da educação. Além disso, o documento final do seminário, produzido a partir dos relatórios dos grupos de trabalho, será utilizado como subsídio para as discussões futuras na UFG.
A pró-reitora de Graduação apresentou o projeto do MEC aos presentes, explicando todos os aspectos decorrentes da adesão das Instituições de Ensino Superior (IES) à proposta. Ao aderir ao projeto, as IES têm quatro opções de adesão, que englobam a adoção do Enem: como processo seletivo único; em substituição à primeira fase do vestibular; como parte da nota do candidato, ou, ainda, como critério para o preenchimento de vagas remanescentes.
Após a apresentação feita por Sandramara Matias Chaves, a secretária estadual de Educação e ex-reitora da UFG, Milca Severino Pereira, discursou sobre a proposta do MEC. A secretária afirmou que as mudanças no processo seletivo alteram a proposta didática das escolas públicas, que passarão a privilegiar aspectos qualitativos do ensino. “Com as mudanças do Enem, transformaremos o Ensino Médio, que proporcionará ao aluno o exercício consciente da cidadania”, declarou.
A seguir, o presidente do Conselho Estadual de Educação, Marcos Elias Moreira, expôs que a mudança no Enem precisa representar, principalmente, uma alteração na formação do estudante brasileiro, que deve ter a possibilidade de estabelecer relações entre o cotidiano social e o conteúdo aprendido em sala de aula, além de desenvolver capacidade crítica e reflexiva.
A primeira parte do seminário foi encerrada com a formação de uma mesa de debates, da qual participaram o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Paulo César Pereira, o presidente do Conselho Estadual de Educação, Marcos Elias Moreira, a presidente do Centro de Seleção da UFG, Luciana Freire Ernesto Pereira de Sousa, o representante do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, Alan Francisco de Carvalho, o representante do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino, Arnaldo Cardoso Freire, o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás, Delson Vieira dos Santos, o presidente da Associação dos Docentes da UFG, Carlos Alberto Tanezini e a representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás, Fátima Reis. Os expositores ressaltaram a importância de analisar com cautela os diversos aspectos da proposta do MEC, como a realização de provas nacionais e a intersecção de disciplinas. O seminário continua na tarde desta quinta-feira, com a formação de grupos de trabalho (GTs) e a apresentação dos relatórios desses grupos.
Parte II – No período da tarde, o seminário prosseguiu com a formação de sete grupos de trabalhos (GTs). Os GTs foram formados por professores da UFG e de escolas públicas e particulares de Ensino Médio do estado. Os grupos discutiram o projeto de redefinição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) proposto pelo Ministério da Educação (MEC). Os participantes também tiveram a oportunidade de se posicionar sobre o tema.
A pró-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, assistiu aos GTs e ouviu as dúvidas dos participantes sobre o projeto. Os professores queriam saber, principalmente, se a UFG iria adotar o novo Enem já para este ano. “Ainda estamos em processo de apreciação e debate sobre a proposta do Enem, e, portanto, a nota do exame continua valendo 20% da primeira fase do vestibular da UFG. Por enquanto, nada muda”, explicou a pró-reitora. Ainda segundo ela, tanto o vestibular do meio de ano, quanto o processo seletivo 2010/1 já tem conteúdos definidos. “Portanto, não vamos utilizar a matriz de referência do Enem em nossa prova”.
Segundo o coordenador da licenciatura em Física a distância da UFG, Osni Silva, o aluno de hoje só sabe decorar o conteúdo e a implantação da proposta do MEC pode servir para formar pessoas que saibam trabalhar com competências e habilidades. “Infelizmente, a prova do vestibular virou o alvo do Ensino Médio. Os alunos não são educados para a cidadania, são educados para passar no vestibular. Essa mudança sugerida é exatamente para mudar isso”, opina.
Outro tema discutido pelos GTs foi a proposta de mobilidade do projeto apresentado pelo MEC, segundo a qual os estudantes poderiam escolher até cinco universidades federais para tentar o ingresso, a partir do processo unificado. Questionou-se como os estudantes irão se manter em outros estados e até que ponto essa proposta respeita as características de cada região.
Os GTs produziram relatórios que foram apresentados aos presentes após o encerramento das discussões. Diversos elogios, sugestões e críticas foram feitas à proposta do MEC. De acordo com Sandramara Matias Chaves, os documentos produzidos durante o seminário serão utilizados como subsídio para as discussões futuras na UFG.
